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domingo, 23 de dezembro de 2012

Sobre a gravidez na adolescência

Conselho da Comunidade

Publicado em 12 de Dezembro de 2012, às 00h00min | Autor: Marcelo Kloster

Sobre a gravidez na adolescência


Até meados do século passado era normal uma menina casar-se aos treze anos e iniciar sua vida sexual, na maioria das vezes, com um homem mais velho. Duas questões fundamentais alteraram esta visão e transformaram em tabu a vida sexual antes da maioridade. Em primeiro lugar, as conquistas conseguidas pelas mulheres ao longo do século passado, tais como o voto feminino e a igualdade de gênero. Importantes fatores estes que possibilitaram às mulheres o direito de escolha, entre elas o de poder escolher seu parceiro e, principalmente, o direito de concluir seus estudos tornando difícil o casamento antes da finalização do ensino médio ou de uma faculdade. Em segundo lugar e, fundamental, são os estudos realizados por psicólogos, pedagogos e pensadores a respeito das fases ou estágios da vida de uma criança desde o nascimento até a vida adulta. A Teoria Cognitiva é uma dessas teses que afirma que a criança passa por estágios de desenvolvimento mental e que, portanto só estará intelectualmente preparada para agir no mundo, de forma plenamente crítica, após a adolescência. Dessa forma e dentro deste contexto é que foi desenvolvido o estatuto da criança e do adolescente, com o intuito de salvaguardar o período de desenvolvimento psicológico, biológico e educacional da criança. O que vemos na prática é que a vida sexual tem começado cada dia mais cedo, e os motivos dessa precocidade são vários, biológicos, sociais, etc. Muitas querem sair da dependência dos pais, outras por não acreditarem nas consequências de uma vida sexual precoce e, às vezes, por imposição dos parceiros, acabam não se protegendo, poucas tem acesso ao profissional ginecologista e métodos contraceptivos, e ainda, temos os casos de violência sexual. No passado, quando uma jovem adolescente começava a apresentar desejos sexuais, a família poderia marcar o casamento ou encaminhá-la para um internato, e até mesmo para um convento, portanto havia vários modos de repressão, inclusive a violência física, hoje nos resta apenas o diálogo e a educação.



  http://www.jmnews.com.br/noticias/espaco%20publico/42,28141,12,12,sobre-a-gravidez-na-adolescencia.shtml

2 comentários:

Anônimo disse...

o verão esta chegando kkkk

Anônimo disse...

Que professor bom você deve ser, bem entendido de história e filosofia sim!
Que pena que hoje em dia só nos resta o diálogo e não dá mais para reprimir os desejos sexuais femininos com violência física e psicológica (levando as meninas para conventos ou obrigando a casar com desconhecidos), né? ):
Respeito acima de tudo!